Análise do Ritual de Aprendiz – REAA- Abertura Ritualística
CAPÍTULO 1
- O Venerável Mestre, questiona ao 1º Vigilante quais são os seus deveres.
O primeiro dever é verificar se o Templo está a coberto. Para certificar-se, ele determina ao Guarda do Templo para cumprir o seu dever, que após fazer a verificação lhe comunica que o Templo está a coberto.
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O Templo, está a coberto, não só das indiscrições dos profanos, mas, coberto pelos grandes mestres que se preparam para o início dos trabalhos.
O segundo dever é verificar se todos os presentes são Maçons. Tais deveres após serem cumpridos são comunicados ao Venerável Mestre.
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Se são maçons, isto é, se estão realmente preparados espiritualmente para o início da reunião, o ideal e que se faça um período de meditação antes do início da reunião. é muito importante que todos deixem as atribulações do mundo profano fora do Templo, não se deve participar da reunião levando as preocupações do dia a dia, devemos estar prontos para recarregar as nossas baterias e posteriormente liberar as boas energias ao retornarmos aos nossos afazeres diários.
- O Venerável Mestre, questiona ao Orador, o que é preciso para a abertura dos trabalhos. O mesmo lhe informa, que é necessário, no mínimo, sete irmãos mestres e que todos estejam revestidos de suas insígnias.
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Só os mestres podem ocupar os cargos oficiais e usarem as insígnias e paramentos do grau e dos cargos, que na realidade servem também para a proteção mística e esotérica, por isso, é vedado que aprendizes e companheiros ocupem cargos de oficiais em loja, além de tudo os mesmos não têm circulação livre.
- O Venerável Mestre, questiona ao Chanceler se há número legal. O mesmo lhe informa que sim.
COMENTÁRIOS
Se não houver número legal, não pode haver reunião ritualística, pois, como já foi dito, os cargos não podem ser completados com aprendizes e companheiros. Caso não haja número legal, deve-se fazer reunião administrativa.
- O Venerável Mestre, questiona ao Mestre de Cerimônias se a Loja está composta. Sendo informado por este, que sim, e que os cargos estão preenchidos conforme o uso da loja.
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A Loja só estará composta quando os estiverem preenchidos os seguintes cargos: Venerável Mestre, 1º Vigilante, 2º Vigilante, (formam um triângulo com o vértice para cima), Orador, Secretário, Guarda do Templo (formam um triângulo com o vértice para baixo) e Mestre de Cerimônias. Os dois triângulos sobrepostos e mais o Mestre de Cerimônias ao centro, formam o signo de Salomão, esotericamente a loja esta fechada (pronta), para iniciar a reunião. Todas as lojas usam paramentos regulamentados e reconhecidos por sua potência maçônica.
- O Venerável Mestre, questiona qual é o lugar do 2º Diácono. Sendo informado por este, que é à direita do 1º Vigilante, e ao ser questionado para que? Diz que é para ser o executor e o transmissor das ordens do 1º Vigilante e velar para que os irmãos se conservem nas colunas com o devido respeito, disciplina e ordem.
COMENTÁRIOS
Fica claro, que o executor e transmissor das ordens do 1º Vigilante, é o 2º Diácono, e não, qualquer outro irmão, e que, o 2º diácono pode se movimentar a qualquer momento para fazer cumprir os seus deveres. É errado se utilizar o Mestre de Cerimônias como seu emissário.
- O Venerável Mestre, questiona o 2º Diácono onde é o assento do 1º Diácono, e recebe a informação que é à direita e abaixo do sólio.
- O Venerável Mestre, questiona porque o 1º Diácono ocupa esse lugar. Sendo informado por este, que é para transmitir as ordens do Venerável Mestre ao 1º Vigilante e a todos os dignitários e oficiais, para que os trabalhos se executem com ordem e perfeição.
COMENTÁRIOS
Fica claro que o mensageiro do Venerável Mestre, é o 1º Diácono, e não o Mestre de Cerimônias ou qualquer outro irmão, justamente por estar próximo ao Venerável, para que os trabalhos possam transcorrer com uma ritualística justa e perfeita.
- O Venerável Mestre, questiona o 1º Diácono qual é o lugar do 2º Vigilante, sendo informado que é ao Sul.
- O Venerável Mestre, questiona o 2º Vigilante, porque ele ocupa esse lugar, e este lhe informa que é para poder melhor observar o Sol no meridiano, chamar os obreiros para o trabalho e mandá-los à recreação, a fim de que os trabalhos prossigam com ordem e exatidão.
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Quando o Sol esta no meridiano é a hora do trabalho. Quando os mesmos vão ser suspensos, quem informa aos obreiros é o 2º Vigilante, responsável pela Beleza da execução da obra e pelo descanso.
- O Venerável Mestre pergunta onde tem assento o 1º Vigilante, sendo informado que é no Ocidente.
O Venerável Mestre, pergunta porque o 1º Vigilante ocupa esse lugar, sendo informado pelo mesmo, que assim como o Sol se oculta no Ocidente para terminar o dia, assim aí ele se coloca para fechar a Loja, pagar os obreiros e despedi-los contentes e satisfeitos.
COMENTÁRIOS
Fica claro que quem fecha a Loja é o 1º Vigilante, responsável pela Força e vigor dos trabalhos, sendo então, responsável pelo pagamento e satisfação dos obreiros.
O Venerável Mestre, pergunta porque ele tem assento no Oriente, e o 1º Vigilante lhe responde: Assim como o Sol nasce no Oriente para fazer a sua carreira e iniciar o dia, assim aí fica o Venerável Mestre, para abrir a Loja, dirigir-lhe os trabalhos e esclarecê-la com as luzes de sua sabedoria nos assuntos da nossa Sublime Instituição.
COMENTÁRIOS
Quem abre e dirige a Loja, é o Venerável Mestre, a maior luz da Loja, devendo possuir conhecimentos e sabedoria para esclarecer os obreiros, o Venerável Mestre, jamais deve ser questionado durante a reunião ritualística.
- O Venerável Mestre, pergunta ao 1º Vigilante, para que nos reunimos aqui, obtendo como resposta, que é para combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros, e glorificar o Direito, a Justiça e a Verdade, para promover o bem-estar da Pátria e da Humanidade, levantando Templos á virtude e cavando masmorras ao vício.
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Para se tornar maçom, é necessário que seja pessoa livre e que sejam de bons costumes, que creia em um princípio criador, e na sobrevivência do espírito sobre a matéria. isto é, não pode ser ateu, o trabalho do maçom é combater a favor da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, os templos a serem erguidos é o Templo interior de cada um, o nosso aprimoramento moral e espiritual, desbastando a pedra bruta e transformando-a em uma pedra polida, ou seja, o nosso aprimoramento moral e espiritual, só assim conseguiremos promover o engrandecimento da humanidade.
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-O Venerável Mestre, questiona o Chanceler sobre o que é Maçonaria. Tendo como resposta, que é uma instituição que tem por objetivo tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito á autoridade e à religião.
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Como vemos, a Maçonaria visa sempre o bem comum, através da prática constante do bem e do aperfeiçoamento nas virtudes, respeitando as autoridades constituídas, e, por não ser uma religião, respeita a todas, podendo seus integrantes fazer parte da que melhor lhe aprouver.
- O Venerável pergunta se ela é regional. Obtendo como resposta, que não, ela é universal e suas oficinas se espalham por todos os recantos da Terra, sem preocupação de fronteiras nem de raças.
COMENTÁRIOS
Não tendo preconceito de raça e religião, não criando fronteiras, e que cada um deve ter e seguir o Deus de seu coração, por ter o seu funcionamento igual em todo o mundo, não existindo dificuldades para o entendimento de seus princípios em qualquer país, é que se considera a maior instituição ecumênica mundial.
- O Venerável Mestre, questiona ao 1º Vigilante, se ele é maçom. Recebe como resposta, que como tal ele é reconhecido.
COMENTÁRIOS
Os maçons devem ser reconhecidos por suas virtudes e a prática constante do bem, e, quando fizer qualquer filantropia, nunca desejar publicidade, seguindo os preceitos divinos, que a mão direita não deve saber o que se faz com a esquerda.
- O Venerável Mestre, questiona novamente, durante que tempo devemos trabalhar como aprendizes maçons, sendo informado que do meio dia à meia noite.
COMENTÁRIOS
Esotericamente os trabalhos começam ao meio dia, pois, é quando o sol esta no meridiano e não fazemos sombra a nenhum irmão, demonstrando que somos todos iguais, sem distinções e honrarias.
- O Venerável Mestre, pergunta ao 2º Vigilante, que horas são. Sendo informado que é meio dia em ponto.
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Como já foi explicado, é a hora de se iniciar o trabalho.
- O Venerável Mestre, envia o seu mensageiro (1º diácono) com uma palavra de força ao 1º Vigilante, e esse envia o seu mensageiro (2º Diácono) com a palavra ao 2º Vigilante.
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A não é falada de maneira alta, pois, esotericamente ela é de posse dos três dirigentes da Loja. É comunicado se esta tudo justo e perfeito.
- O Venerável Mestre, comunica que se achando a Loja regularmente constituída, procederá a abertura dos seus trabalhos invocando o auxílio do Grande Arquiteto do Universo.
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Como já dissemos, a maçonaria não é uma religião, e para não adotar o nome divino de apenas uma religião em detrimento de outras, é rogado, o Soberano Árbitro dos Mundos, ou seja, neste momento, cada um reverencia ao Deus de seu coração.
- O Ex-Venerável Mestre mais recente, abre e lê um trecho do Livro da Lei.
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O chamado Livro da Lei, é o livro considerado sagrado e respeitado pelos integrantes de vários países, podendo ser, a Bíblia, Torá, Alcorão, etc,.
- O Venerável Mestre, faz uma prece:
“Graças te rendemos Grande Arquiteto do Universo, porque, por tua bondade e misericórdia, nos tem sido possível vencer as dificuldades interpostas em nosso caminho para nos reunirmos aqui, em teu Nome e prosseguirmos em nosso labor. Faze, Senhor, com que nossos corações e inteligências sejam, sempre iluminados pela luz que vem do alto e que, fortificados por teu amor e bondade, possamos compreender que, para nosso trabalho ser coroado de êxito, necessário é que, em nossas deliberações, subjuguemos paixões e intransigências à fiel obediência dos sublimes princípios da fraternidade, a fim de que nossa Loja possa ser o reflexo da ordem e beleza que resplandecem em teu trono”.
- O Venerável Mestre, em nome do Grande Arquiteto do Universo e de João nosso patrono, sob os auspícios da potência maçônica da região, e em virtude dos poderes de que se acha investido, declara aberta no grau de Aprendiz maçom, a Loja Simbólica, cujos trabalhos tomam plena força e vigor. Que tudo neste Augusto Templo seja tratado aos influxos dos sãos princípios da Moral e da Razão.
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Ao dizer que os trabalhos tomam plena força e vigor, o Venerável Mestre, transmite ao 1º Vigilante, responsável pela coluna da força, a direção dos trabalhos, enquanto a Loja estiver trabalhando a direção é do 1º Vigilante, como ele próprio afirmou anteriormente, ficando o Venerável Mestre com a administração.
- Todos saúdam o Venerável Mestre e é feita a aclamação. Tem início o expediente da Loja.
Pedro Neves .’. M.’. I.’. 33.’. KTJ Membro Efetivo da Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia Belo Horizonte Cadeira 001 – Patrono: Arlindo dos Santos Preceptor da Suprema Ordem Civil e Militar dos Cavaleiros Templários Péricles Neves .’. M.’. I.’. 33.’. KT Membro Efetivo da Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia Belo Horizonte Cadeira 007 – Patrono: Boanerges Barbosa de Castro
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